Uma variedade híbrida de sorgo, conhecida como sorgo boliviano gigante, está chamando a atenção de pecuaristas brasileiros pelo potencial de produção de volumoso de baixo custo. A planta cresce facilmente entre 4,5 m a 6,5 m, dependendo da fertilidade do solo e da incidência de chuvas, produzindo até 120 toneladas de matéria em um único corte e uma excelente silagem, contabilizando custos da logística de plantio, corte, transporte e lona.
O zootecnista e consultor Antônio Machado, que atende produtores em Goiás e Tocantins, afirmou que as qualidades do híbrido vão além de seu tamanho expressivo. O sorgo gigante apresenta resistência aos veranicos, pragas, como lagartas e nematoides, tem desempenho positivo em solos arenosos e beneficia o solo promovendo sua descompactação pelas raízes profundas, que medem entre 4 e 5 metros, o que também ajuda na reciclagem dos nutrientes.
A variedade também é recomendada para consórcio em diferentes sistemas. “80% dos plantios que a gente realizou na região de Goiás e Tocantins foram com capins. E eu achei no início que poderia não dar certo por causa do tamanho dele, no entanto, foi uma surpresa muito boa. Não afetou em nada o desenvolvimento do capim. A hora que a gente recolheu a silagem, o capim desenvolveu normalmente”, aprovou.
O zootecnista lembrou que o “sorgão” também é compatível em integração com o milho pela diferença da velocidade de crescimento entre as plantas e pode produzir um bom volume de biomassa para formação de palhada, muito útil no plantio da soja. Em seu uso para nutrição animal, uma de suas vantagens é um índice de sacarose um pouco maior em comparação com outras variedades, o que torna o sorgo gigante palatável aos bovinos.
Entre os pontos de atenção para não errar no cultivo da variedade está a época de plantio. A semeadura feita logo no início das chuvas permite ao “sorgão” expressar todo o seu potencial. Ainda sobre a semeadura, as plantas não devem ficar muito próximas, sendo que a recomendação é distribuir entre 140 e 150 mil sementes por hectare. Se o produtor quiser ter bom rendimento no segundo corte, a adubação feita no plantio deve ser maior. É preciso ficar de olho em lagartas também após o primeiro corte, mas quando a planta voltar a crescer, elas não representam mais problemas.
Fonte: Giro do Boi
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