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Cavalos não podem comer capim braquiária.

Já o capim tifton é o mais recomendado para equinos, pois apresenta menos de 0,5% de ácido oxálico.

Os capins preferidos do cavalo são o tifton e o coast cross, ambos apresentam ótima digestibilidade e fornecem ao equino nutrientes essenciais para uma dieta balanceada. Entretanto, o criador de cavalos deve ficar atento, pois alguns, como o braquiária decumbens, podem causar sérios problemas aos equídeos, como o mal da “cara inchada” (cavalos adultos) e a epifisite (potros), esta última causa dores acima das articulações e afeta o crescimento do animal.

A braquiária apresenta baixa palatabilidade e contém um elemento em excesso, que dificulta a absorção de cálcio pelo cavalo. Trata-se do ácido oxálico, que se agrega ao cálcio, impedindo que esse mineral seja absorvido pelo organismo do animal. É importante ressaltar que o cálcio é um dos principais elementos da dieta dos equinos, pois fortalece os ossos e os músculos. Portanto, sua deficiência afeta a boa performance do equino.

Outra característica negativa do capim braquiária para cavalos é por ele ser hospedeiro de um fungo que, além de causar transtornos hepáticos no animal, gera um tipo de dermatite, conhecida como fotossensibilização. Segundo o médico veterinário Mário Duarte, a doença inflamatória na pele do equino se manifesta principalmente nas partes brancas ou despigmentadas da pelagem do animal (cara e extremidades).

Quando a pastagem é invadida por braquiária, os cavalos acabam se alimentando desse capim para saciarem a fome. Isso porque, no piquete, ela impede o crescimento do tifton ou do coast cross. Por tais motivos, é indispensável que seja feito um contínuo monitoramento do piquete para verificar se há indícios de braquiária, e se houver, ela deve ser imediatamente eliminada. É bom lembrar que no caso dos bovinos (Gado), esse capim não gera mal algum.

O ideal é manter a pastagem livre de braquiária se o objetivo for criar equinos. Já o capim tifton é o mais recomendado para equinos, pois apresenta menos de 0,5% de ácido oxálico (por quilo de matéria seca), sem grau de toxidade e com excelente palatabilidade. Além disso, ele resiste muito bem ao pisoteio, os cavalos têm o hábito de pastar 20 horas por dia, sempre em locomoção.

Outra característica do pastejo de cavalos é a preferência por pastos mais baixos, pois eles não precisam arrancar o capim com a língua (como os bovinos), eles arrancam a gramínea com os lábios e os dentes. Portanto, o tifton é o capim perfeito para criação de cavalos, entretanto ele requer uma série de cuidados, em especial com relação à fertilidade do solo (pH mais alto e saturação de base acima de 60).

Dicas: A alimentação de cavalos deve seguir algumas regras gerais, dentre as mais importantes, destacam-se: Administração de pequenas quantidades de ração várias vezes ao dia, não trabalhar o animal logo após uma ração farta e ter sempre água à disposição, sem se esquecer do sal mineral.

Fonte: Portal Agropecuario

Mário Freire

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